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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Epidemiolodia da síndrome da apnéia obstrutiva do sono

A síndrome da apnéia obstrutiva do sono é considerada um problema de saúde pública potencialmente tratável e, em virtude de suas consequências, vem ganhando progressiva atenção da comunidade médica.
A prevalência da síndrome da apnéia obstrutiva do sono varia de 0,8% a 24%4 na população geral, sendo comparável a outras doenças crônicas como doença arterial periférica, epilepsia e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Na análise por sexo os estudos demonstram maior frequência de síndrome da apnéia obstrutiva do sono entre os homens do que em mulheres, em uma proporção de 2:1. A menopausa aumenta a chance de desenvolver síndrome da apnéia obstrutiva do sono, mas o efeito da reposição hormonal é controverso.
A prevalência de síndrome da apnéia obstrutiva do sono é diferente entre os diversos grupos étnicos. Os aspectos mais chamativos verificam-se nos afroamericanos.
Um estudo demonstrou que os afro-americanos jovens apresentam maior probabilidade de possuir síndrome da apnéia obstrutiva do sono, diagnosticada por polissonografia domiciliar, quando comparados com caucasianos. Outra pesquisa revelou que os afro-americanos apresentaram uma chance 2,5 vezes maior de possuir síndrome da apnéia obstrutiva do sono grave quando comparados com brancos, mesmo após ajuste para o IMC, sexo e idade.
Os estudos deixam realçar que as diferenças de prevalência decorrentes de faixa etária, sexo, etnia e peso corporal somam-se também às diferenças metodológicas quanto à obtenção do diagnóstico de síndrome da apnéia obstrutiva do sono (polissonografia laboratorial, domiciliar, monitorização cardiorrespiratória e oximetria noturna). A tecnologia empregada para a quantificação do fluxo nasal também é bastante variável nos diversos métodos. Os estudos que utilizam termístores ou termopares, menos sensíveis, provavelmente subestimam o número de eventos respiratórios durante o sono quando comparados
com estudos que utilizam transdutores de cânulas de pressão, mais sensíveis. Além disso, a definição de síndrome da apnéia obstrutiva do sono empregada também difere entre os estudos.
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